Um assessor parlamentar foi desligado do gabinete de um deputado federal após ser citado na Operação Overclean, investigação da Polícia Federal (PF) que apura suposto desvio de emendas parlamentares. O nome do assessor consta em uma planilha apreendida pela PF, que seria usada para controlar pagamentos de vantagens indevidas. O parlamentar afirmou que o pedido de exoneração partiu do próprio servidor, que nega qualquer relação com a operação.
A investigação também envolve outros dois familiares do deputado, incluindo um prefeito e um vereador, ambos ligados ao mesmo partido. Mensagens apreendidas pela PF sugerem encontros entre o prefeito, um representante da Codevasf e um empresário vencedor de licitações no município. Além disso, o vereador, ex-secretário de governo, foi flagrado descartando uma sacola com R$ 220 mil durante a operação.
O caso foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) devido à suspeita de envolvimento do deputado, que teria destinado emendas à Codevasf para um convênio no município administrado por seu irmão. O parlamentar defendeu-se, alegando que não tem responsabilidade sobre a execução dos recursos. A operação continua em andamento, com a PF apurando possíveis irregularidades no uso de verbas públicas.