A terceira fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal em Salvador e outras cidades, investiga um suposto esquema criminoso envolvendo desvios de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, o grupo atuaria de forma coordenada desde 2021, movimentando aproximadamente R$ 1,4 bilhão, parte proveniente de emendas parlamentares e contratos com órgãos públicos. Entre os crimes apurados estão corrupção, peculato e superfaturamento, com indícios de que o dinheiro desviado era lavado por meio de empresas de fachada e métodos sofisticados.
Text: As apurações revelaram que o esquema contava com operadores centrais e regionais, que cooptavam servidores públicos para facilitar a liberação de verbas e direcionar contratos. Empresas envolvidas superfaturavam serviços e aplicavam preços acima do mercado, enquanto propinas eram pagas por meio de métodos que dificultavam a rastreabilidade. A Receita Federal identificou inconsistências fiscais e movimentações financeiras incompatíveis, indicando lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
Text: A operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, além de determinar o afastamento de um secretário municipal de Educação. As investigações seguem em andamento, com a possibilidade de novas medidas judiciais. As penas para os crimes envolvidos podem ultrapassar 50 anos de reclusão, além de multas. Autoridades destacam a complexidade do esquema e a necessidade de reforçar mecanismos de controle para evitar novos desvios.