A Operação Overclean, conduzida pela Polícia Federal em conjunto com outros órgãos federais, investiga um suposto esquema de corrupção e desvio de R$ 1,4 bilhão em recursos públicos. A ação, que teve sua terceira fase deflagrada em abril, envolve contratos superfaturados e licitações fraudadas em prefeituras de cinco estados brasileiros, incluindo a Bahia. Entre os alvos está um empresário do ramo imobiliário, investigado por receber valores de empresas suspeitas de serem de fachada.
O caso ganhou repercussão após buscas e apreensões em endereços ligados ao empresário, que é sócio de um empreendimento imobiliário com participação do prefeito de Salvador. Em nota, a assessoria do prefeito afirmou que o investimento em questão é privado e não tem relação com o setor público ou com a investigação. A operação abrange pessoas vinculadas a pelo menos oito partidos políticos, com suspeitas de crimes cometidos entre 2018 e 2024.
A Overclean visa desarticular uma organização acusada de desviar verbas públicas por meio de contratos com o Dnocs, órgão federal responsável por obras contra as secas. A operação já resultou na prisão de um vice-prefeito na Bahia em fases anteriores. As investigações, que tramitam sob sigilo no STF, continuam em andamento, com possíveis novos desdobramentos.