Uma operação conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal está apurando descontos não autorizados nas aposentadorias e pensões de cerca de 6 milhões de brasileiros. Esses descontos são direcionados a entidades associativas, mas investigações preliminares indicam que muitos beneficiários podem não ter consentido com as cobranças. O governo ainda não determinou quantos casos configuram fraude, mas o foco é garantir que os valores sejam recebidos integralmente pelos aposentados.
O país possui 40 milhões de aposentadorias e pensões ativas, o que significa que 15% dos beneficiários têm algum tipo de desconto vinculado a essas entidades. A operação, deflagrada em vários estados, resultou em mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas. As irregularidades investigadas ocorreram entre 2019 e 2024, com estimativas de desvios que podem chegar a R$ 6,3 bilhões.
O caso ganhou destaque após a queda do presidente do INSS, vinculada às investigações. Pelo menos 11 entidades associativas são suspeitas de realizar descontos indevidos. As autoridades afirmam que o objetivo principal é proteger os direitos dos aposentados e assegurar que os benefícios sejam pagos sem reduções ilegais. A CGU reforçou o compromisso de apurar todas as irregularidades e responsabilizar os envolvidos.