O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi demitido após determinação do Palácio do Planalto nesta quarta-feira (23). A decisão ocorreu no mesmo dia em que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram uma operação que investiga supostos descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas. A Justiça Federal já havia determinado o afastamento cautelar do presidente e de outros cinco servidores públicos.
A operação em questão apura um esquema nacional de cobrança não autorizada de mensalidades associativas, que teria descontado cerca de R$ 6,3 bilhões dos beneficiários entre 2019 e 2024. Em resposta, o governo federal suspendeu todos os acordos de cooperação técnica que permitiam a cobrança direta dessas taxas pelos benefícios do INSS.
O Ministério da Previdência Social, ao qual o INSS é vinculado, será responsável pela efetivação da demissão. A medida busca conter possíveis irregularidades e garantir a proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas, enquanto as investigações seguem em andamento.