Uma loja de joias no Ceará foi alvo da operação Raio-X, conduzida pela Secretaria da Fazenda do estado (Sefaz-CE) e pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), sob suspeita de sonegação fiscal. Durante a ação, foram apreendidas mercadorias avaliadas em mais de R$ 2,6 milhões. A investigação apontou indícios de irregularidades, como máquinas de pagamento registradas em CPFs de sócios, em vez do CNPJ da empresa, e um volume de notas fiscais emitidas significativamente inferior ao valor real das vendas.
O caso, que corre em sigilo, teve quatro mandados de busca e apreensão cumpridos — um em um shopping de Fortaleza e outros três em residências dos investigados. Segundo autoridades, a discrepância entre os valores declarados e o montante de mercadorias encontradas sugere uma possível tentativa de ocultar receitas. Nos últimos dois anos, a loja emitiu apenas R$ 800 mil em notas fiscais, contra os R$ 2,6 milhões em produtos apreendidos.
A investigação começou após a identificação de dívidas fiscais sem patrimônio disponível para quitação, além de uma ação de inventário negativo após o falecimento de uma matriarca do grupo empresarial. As suspeitas de fraude fiscal estruturada aumentaram com a descoberta de um esquema familiar para ocultação de patrimônio. O caso segue em andamento, sem divulgação de nomes ou detalhes adicionais.