A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), deflagrou a Operação Nexo Oculto para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos 59 mandados judiciais, resultando em 11 prisões e 32 buscas e apreensões em cidades como São Paulo, Embu das Artes, Itanhém e Brasília. As investigações começaram após uma empresária ter R$ 449 mil desviados de sua conta por meio de transferências fraudulentas, utilizando técnicas como falsificação de identificação de chamadas e engenharia social.
A organização operava com ramificações em três estados (Goiás, São Paulo e Distrito Federal) e movimentou mais de R$ 3,3 milhões em três meses. Os criminosos usavam contas de laranjas, empresas de fachada e estratégias como fracionamento de valores e compras superfaturadas para ocultar a origem do dinheiro. As transações rápidas entre contas sem histórico e operações em espécie acima de R$ 30 mil eram indícios claros de lavagem de capitais.
A ação foi respaldada por leis como a de Lavagem de Dinheiro (9.613/98) e a das Organizações Criminosas (12.850/13), além de normas do Banco Central. A DERCC reforçou seu compromisso no combate aos crimes cibernéticos e destacou que as investigações continuam para identificar outros envolvidos e desarticular completamente a rede criminosa.