Um estudante de educação física foi preso em Manaus suspeito de atuar ilegalmente como médico em clínicas particulares, hospitais públicos e em atendimentos a crianças em situação de vulnerabilidade. A Operação Hipocrátes, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas, revelou que o indivíduo já atuava há pelo menos dois anos, utilizando crachás falsos e carimbos de outros profissionais. Durante as buscas, foram apreendidos materiais como uniformes, distintivos das Forças Armadas e uma arma falsa, além de evidências de que ele cobrava para assumir plantões em nome de médicos.
A investigação, iniciada após uma denúncia anônima, identificou vítimas que confirmaram ter sido atendidas pelo falso profissional. Imagens mostram o suspeito atuando em unidades de saúde, incluindo um caso em que ele teria atendido uma criança de 7 anos, assinando como outro médico. Autoridades também investigam a possível participação de outros profissionais que poderiam estar cientes das atividades ilegais.
O caso envolve múltiplas instituições, incluindo uma fundação beneficente que afirmou não ter autorizado o uso de seu nome pelo investigado. O Conselho Regional de Medicina do Amazonas destacou seu compromisso no combate ao exercício ilegal da profissão, enquanto a Secretaria de Saúde afirmou que o suspeito não tinha vínculo com o estado. O indivíduo responderá por crimes como falsidade ideológica, estelionato e exercício ilegal da medicina.