A Polícia Civil da Bahia cumpriu 22 mandados de prisão preventiva, incluindo cinco policiais militares, durante a Operação Falsas Promessas 2. A ação visava desarticular uma organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro. Além das prisões, foram expedidos 30 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares. Quatro dos detidos são apontados como líderes do grupo e foram localizados em cidades como Vera Cruz, Juazeiro e na Região Metropolitana de Salvador, enquanto outro integrante foi preso em São Paulo.
O esquema operava em diversas localidades, incluindo Salvador, São Felipe e Nazaré, utilizando uma estrutura financeira sofisticada com empresas de fachada e “laranjas” para ocultar a origem do dinheiro. Investigadores apontam que alguns policiais militares ativos e ex-integrantes da corporação participavam do crime, fornecendo proteção, informações privilegiadas e, em alguns casos, operando diretamente as rifas fraudulentas. As rifas eram promovidas nas redes sociais, com prêmios atraentes, mas os sorteios eram manipulados para beneficiar membros do grupo.
Durante as diligências, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro e eletrônicos. O Judiciário autorizou o bloqueio de até R$ 680 milhões em bens e valores vinculados às investigações. A operação é coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), com apoio de unidades táticas da Polícia Civil e acompanhamento da Corregedoria da Polícia Militar, que investiga a conduta dos agentes envolvidos. As investigações ainda estão em andamento.