A Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto nesta quarta-feira (23.abr.2025) para apurar fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. O prejuízo estimado chega a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, 6 ordens de prisão temporária e bloqueios de bens superiores a R$ 1 bilhão em 13 estados. O governo informou que seis pessoas foram afastadas de seus cargos por determinação judicial, incluindo o presidente do INSS.
Segundo as investigações, o esquema envolvia entidades de classe que realizavam descontos não autorizados nos benefícios, cobrando mensalidades associativas sem oferecer serviços em troca. Auditorias revelaram que 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram documentação exigida, e a maioria dos 1.300 beneficiários entrevistados afirmou não ter consentido com os descontos. Entre os crimes investigados estão corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou as apurações em 2023, após identificar aumento no número de entidades conveniadas e nos valores descontados. Os beneficiários que identificarem cobranças indevidas podem solicitar a exclusão automaticamente pelo aplicativo ou site Meu INSS. A operação contou com a apreensão de bens de alto valor, como carros de luxo e joias, cujos valores ainda estão sendo contabilizados.