A Polícia Federal deflagrou a Operação Farra Brasil 14 no Rio de Janeiro para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes por meio do aplicativo Caixa Tem. Segundo as investigações, os criminosos pagavam propinas a funcionários da Caixa Econômica e de casas lotéricas para acessar valores destinados a benefícios sociais do governo federal. Durante a ação, foram apreendidos 20 celulares, seis notebooks, dois veículos e documentos, que serão submetidos à perícia técnica.
As fraudes atingiram principalmente beneficiários de programas sociais, além de recursos do FGTS e do Seguro-Desemprego. Desde 2020, a PF registrou cerca de 749 mil processos de contestação envolvendo quase R$ 2 bilhões em prejuízos. A investigação contou com o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção a Fraude (Cefra) e da Corregedoria Regional da Caixa.
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão em cidades do estado do Rio de Janeiro. A Justiça Federal também impôs medidas cautelares, sem prisão, para 16 investigados, que responderão por crimes como organização criminosa, furto qualificado e corrupção, com penas que podem chegar a 40 anos de reclusão. A Caixa Econômica Federal foi contactada para se manifestar sobre o caso.