A Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Floresta Devastada, que investiga suspeitas de desvio de recursos de clientes para uma offshore em Belize. A Justiça autorizou o bloqueio de bens no valor de até R$ 500 milhões, atingindo 16 pessoas físicas e 19 empresas, incluindo instituições financeiras e companhias em recuperação judicial. Entre os alvos estão executivos e banqueiros acusados de envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As investigações, iniciadas em 2023, apontam indícios de que investimentos de clientes foram transferidos sem autorização para contas em paraísos fiscais. Duas vítimas relataram prejuízos de cerca de R$ 130 milhões. O caso ganhou destaque após a revogação de um plano de recuperação extrajudicial aprovado em 2019, que já vinha sendo questionado pela Justiça.
O Ministério Público de São Paulo reforça a tese de estelionato e lavagem de dinheiro, com bens bloqueados para cobrir possíveis indenizações. Entre as empresas envolvidas está uma instituição financeira do Panamá, liquidada em 2017, e uma holding que adquiriu uma das companhias investigadas em operação judicialmente contestada. A operação busca apurar responsabilidades e recuperar valores desviados.