O Partido Socialista Brasileiro (PSB) informou que o ex-presidente do INSS desfilou-se do partido em janeiro de 2025, após ser alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação apura um suposto esquema de cobranças indevidas de mensalidades associativas de aposentados e pensionistas do INSS. O partido afirmou que o ex-presidente não era sua indicação para o cargo, mas manifestou apoio à apuração dos fatos, respeitando o devido processo legal.
A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis prisões temporárias, além de afastar seis pessoas de cargos no INSS. Segundo a PF, foram identificadas irregularidades em descontos aplicados a benefícios previdenciários, com indícios de falta de autorização dos beneficiários e falsificação de documentos. A CGU constatou que 70% das 29 entidades auditadas não possuíam estrutura adequada para prestar os serviços oferecidos.
O governo suspendeu os acordos de cooperação técnica com 11 entidades associadas ao INSS, interrompendo os descontos automáticos. Aposentados e pensionistas que identificarem cobranças indevidas podem solicitar a exclusão do débito pelo aplicativo ou site Meu INSS. A PF apreendeu bens de luxo e valores em espécie, enquanto o caso segue em investigação por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.