Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) investigou um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), resultando na apreensão de bens de luxo, como carros Ferrari, joias, relógios, quadros e dinheiro em espécie. Os mandados foram cumpridos em 13 estados e no Distrito Federal, com estimativas de desvios que podem chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O presidente do INSS foi afastado e demitido, enquanto outros cinco servidores públicos tiveram medidas judiciais decretadas contra si.
O esquema envolvia associações que cobravam mensalidades indevidas de aposentados e pensionistas, muitas vezes sem autorização ou com assinaturas falsificadas. As entidades ofereciam serviços como descontos em academias e planos de saúde, mas não possuíam estrutura para cumpri-los. A investigação apontou que 70% das 29 entidades analisadas não entregaram documentação completa ao INSS para justificar os descontos, enquanto algumas operavam com Acordos de Cooperação Técnica (ACT) de forma irregular.
Os beneficiários do INSS podem verificar se tiveram valores descontados indevidamente acessando o extrato no aplicativo Meu INSS. Caso identifiquem cobranças irregulares, é possível solicitar a exclusão da mensalidade ou bloquear futuros descontos. Denúncias também podem ser feitas no Portal Consumidor.Gov ou na Ouvidoria do INSS. A operação continua em andamento, com a PF investigando operadores financeiros e destinatários dos recursos desviados.