O presidente afastado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi removido do cargo após uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). As investigações apontam descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, com desvios que podem chegar a R$ 6,3 bilhões. A ação, batizada de “Sem Desconto”, levou ao afastamento imediato do dirigente, cuja indicação para o cargo havia sido feita por um ministro aliado, embora seu partido político tenha negado envolvimento na nomeação.
O dirigente, que possui formação em Direito e experiência na área previdenciária, havia assumido a presidência do INSS em julho de 2023. Antes disso, ocupou cargos de destaque na autarquia, incluindo a diretoria de Finanças e a função de procurador federal. Sua trajetória inclui passagens pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pela Receita Federal, além de participação no gabinete de transição entre os governos federal anteriores.
O caso levou a repercussões políticas, com o partido do afastado destacando que não foi responsável por sua indicação, enquanto o ministro envolvido na nomeação assumiu a responsabilidade pela escolha. As investigações continuam em andamento, com foco no esquema de descontos ilegais que prejudicou milhares de beneficiários. A situação reforça a necessidade de maior fiscalização nas operações do INSS, órgão crucial para a seguridade social no país.