Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) investigou um suposto esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que desviou recursos de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Segundo estimativas, os valores desviados podem chegar a R$ 6,3 bilhões. As investigações apontam que associações cobravam mensalidades irregulares dos beneficiários, muitas vezes falsificando assinaturas para autorizar os descontos sem consentimento.
De acordo com a CGU, 97% dos 1.300 entrevistados afirmaram nunca ter autorizado os descontos. As entidades envolvidas ofereciam serviços como descontos em academias e planos de saúde, mas não possuíam estrutura para cumpri-los. Onze associações foram alvo de medidas judiciais, e os contratos com aposentados foram suspensos. O presidente do INSS foi demitido no mesmo dia da operação, que resultou em prisões e apreensão de bens de luxo.
Os beneficiários podem verificar descontos indevidos no extrato do INSS, disponível no aplicativo ou site Meu INSS, e solicitar o cancelamento das cobranças. Além disso, é possível protocolar pedidos de ressarcimento por meio da central 135 ou da Ouvidoria do INSS. A investigação, iniciada em 2023, continua em andamento, com a PF conduzindo 12 inquéritos para apurar os crimes.