O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi afastado do cargo após decisão judicial, em meio a uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação, batizada de “Operação Sem Desconto”, aponta um esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, com valores estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O caso foi apresentado ao presidente da República em reunião no Palácio da Alvorada.
A operação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU, cumprindo 211 mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens superiores a R$ 1 bilhão e seis prisões temporárias em vários estados. As irregularidades envolvem cobranças não autorizadas de mensalidades associativas sobre benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões. Seis servidores públicos foram afastados durante as investigações.
Os investigados podem responder por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A PF destacou que o esquema operava em nível nacional, afetando milhares de beneficiários. O caso reforça a necessidade de maior fiscalização sobre os descontos aplicados aos pagamentos do INSS, visando proteger os direitos dos aposentados e pensionistas.