O governo federal demonstrou preocupação com a operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de desvio de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias e pensões do INSS entre 2019 e 2024. O ministro da Justiça afirmou que o presidente foi informado sobre a ação, que resultou em 211 mandados de busca e apreensão e seis prisões temporárias em 13 estados e no Distrito Federal. A investigação aponta irregularidades em descontos de mensalidades associativas aplicados a beneficiários sem autorização, com entidades acusadas de falta de transparência e estrutura inadequada.
A Controladoria-Geral da União identificou que a maioria dos aposentados entrevistados não havia consentido com os descontos, e 70% das entidades auditadas não cumpriram exigências documentais. Como medida imediata, o governo suspendeu os acordos que permitiam os descontos, afetando 11 organizações. Entre os afastados estão seis servidores do INSS, incluindo seu presidente, sob investigação por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
A operação recuperou bens de luxo, como carros e joias, além de valores em espécie, ainda em levantamento. O governo orientou beneficiários a verificar extratos e solicitar a exclusão de débitos indevidos via aplicativo ou site do Meu INSS. Autoridades reforçaram o compromisso de combate à corrupção, especialmente em casos que envolvam recursos públicos e afetem populações vulneráveis, como aposentados e pensionistas.