Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) resultou no afastamento do presidente do INSS e outros três altos funcionários do instituto. A investigação aponta um esquema de descontos associativos não autorizados em benefícios previdenciários, que teriam subtraído cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Segundo a CGU, 97% dos casos analisados envolveram cobranças sem consentimento ou fraudes, como falsificação de assinaturas.
A auditoria revelou que 29 entidades com acordos técnicos com o INSS não possuíam estrutura para prestar os serviços oferecidos, e 72% delas não entregaram a documentação necessária. Durante a operação, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão em vários estados, com apreensão de bens superiores a R$ 1 bilhão. Três pessoas foram presas, e outras três estão foragidas.
Os beneficiários que identificarem descontos indevidos podem solicitar a exclusão ou bloqueio das cobranças pelo aplicativo Meu INSS, site ou Central 135. O caso é considerado sensível por envolver a credibilidade do instituto, que atende milhões de pessoas. O ministro da Previdência afirmou que o presidente afastado tem histórico exemplar e que aguardará o desfecho das investigações antes de tomar decisões.