Uma megaoperação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União resultou no afastamento do presidente do INSS por ordem judicial. A ação, batizada de “Operação Sem Desconto”, investiga um esquema bilionário de descontos indevidos em benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões. Segundo as autoridades, mais de 200 mandados foram cumpridos em 13 estados, com bloqueio de bens superiores a R$ 1 bilhão e seis prisões temporárias. Estima-se que o prejuízo aos beneficiários tenha atingido R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
O governo federal convocou uma coletiva para esclarecer o caso, com a participação de ministros e do diretor-geral da PF. Durante o evento, destacou-se que a maioria das irregularidades ocorreu em gestões anteriores, e que auditorias revelaram que 90% dos aposentados não autorizaram os descontos. Além disso, muitas entidades envolvidas não prestavam os serviços prometidos. O ministro da Previdência afirmou que o afastamento do presidente do INSS será mantido, mas garantiu o direito à defesa antes de qualquer decisão definitiva.
As investigações apontam crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As autoridades não detalharam os motivos específicos do afastamento de outros cinco servidores da cúpula do INSS, citando segredo de justiça. O caso segue em andamento, com a promessa de apuração transparente e respeito aos procedimentos legais.