A Polícia Civil do RJ e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deflagraram a Operação Expurgo para combater um lixão ilegal no Parque Alegria, no Caju, Zona Norte do Rio. O dano ambiental causado pelo despejo irregular de resíduos está estimado em quase R$ 5 milhões, com contaminação do lençol freático e destruição de vegetação de mangue. Investigadores apuraram que uma facção criminosa planejava triplicar o perímetro da área usando toneladas de lixo para aterrar um terreno desocupado.
As empresas de descarte de resíduos envolvidas pagavam valores abaixo do mercado aos criminosos para despejar materiais irregularmente, tornando a prática uma fonte de lucro ilegal. Entre as 10 empresas identificadas, uma possuía contrato com a prefeitura, e funcionários desviaram máquinas para operar em lixões clandestinos. A operação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, visando interromper a atividade criminosa.
A investigação começou após denúncia do Inea e revelou uma nova modalidade de exploração econômica por parte do tráfico, que prejudicou gravemente o ecossistema local. Autoridades destacam a necessidade de maior fiscalização para evitar que crimes ambientais se tornem fontes de renda para organizações ilegais, enquanto buscam responsabilizar os envolvidos.