A Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares, que teria movimentado R$ 1,4 bilhão. Segundo as autoridades, o caso envolve empresários, políticos e servidores públicos acusados de fraudar licitações e superfaturar obras. Planilhas apreendidas na Operação Overclean listam mais de 100 codinomes, e relatórios do Coaf indicam movimentações financeiras suspeitas, incluindo transações sem justificativa econômica clara.
Os investigadores identificaram três núcleos no esquema: central, operacional e de apoio informal. O núcleo central seria responsável pela articulação política, enquanto o operacional cuidaria da logística e lavagem de dinheiro. Já o núcleo de apoio teria um agente da PF envolvido, acusado de alertar investigados sobre bloqueios judiciais e destruição de provas.
O caso também aponta interferências em prefeituras, como Salvador e Belo Horizonte, onde contratos públicos teriam sido fraudados para beneficiar empresas específicas. Um ex-secretário de Educação, que atuou nas duas cidades, foi alvo da operação e posteriormente exonerado. As investigações continuam, com as defesas dos envolvidos afirmando que os fatos serão esclarecidos perante as autoridades competentes.