A missão de observadores eleitorais da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmaram não encontrar indícios de fraude nas eleições equatorianas, que resultaram na reeleição do presidente. Ambos os grupos destacaram que o processo foi transparente e bem organizado, rejeitando narrativas de irregularidades. No entanto, a UE apontou desequilíbrios, como a não licença do presidente durante a campanha e a falta de mecanismos robustos para controlar financiamento privado, além de críticas à cobertura midiática desigual.
O relatório preliminar da UE mencionou preocupação com a decisão controversa do Tribunal Eleitoral de cassar o cargo da vice-presidente, medida que, segundo a missão, limitou a participação das mulheres na política. Também foi criticada a proibição de fotografar cédulas no segundo turno, embora a medida não tenha prejudicado o monitoramento por delegados partidários. As multas aplicadas aos eleitores que descumpriram a regra foram consideradas desproporcionais, variando entre US$ 10 mil e US$ 30 mil.
Com mais de 99% dos votos apurados, o presidente manteve uma vantagem de 55,6% contra 44,4% da candidata opositora. A campanha derrotada não formalizou denúncias de fraude ao Tribunal Eleitoral, apesar de questionar publicamente o resultado. A UE e a OEA reforçaram que os equatorianos exerceram seu direito ao voto livremente, mas recomendaram reformas para melhorar a equidade e a transparência em futuros pleitos.