As missões de observação eleitoral da União Europeia (UE) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) descartaram alegações de fraude nas eleições equatorianas, que reelegeu o presidente Daniel Noboa. Em relatórios preliminares, ambas afirmaram que o processo ocorreu dentro da normalidade, destacando transparência e organização. No entanto, criticaram desequilíbrios na campanha, como o uso de recursos públicos e a não licença do presidente para disputar o pleito, o que teria favorecido sua candidatura.
Apesar de reconhecerem a legitimidade do resultado, as missões destacaram preocupações com a desigualdade de condições durante a campanha e a falta de clareza do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em algumas decisões. A OEA também alertou que narrativas de fraude, sem evidências, prejudicam a democracia. Enquanto países como Brasil reconheceram a vitória, a Colômbia questionou a realização das eleições sob um Estado de Exceção, que suspendeu direitos fundamentais em algumas regiões.
A oposição, liderada pela candidata Luísa González, contestou o resultado, citando atas não assinadas e discrepâncias entre pesquisas e resultados oficiais. O CNE, por sua vez, defendeu a lisura do processo, afirmando que o resultado reflete a vontade popular. Observadores também registraram campanhas de desinformação nas redes sociais, amplificadas por anúncios pagos, e destacaram a necessidade de melhorias na regulação dessas plataformas para garantir maior equilíbrio futuro.