Usuários do X (ex-Twitter) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestaram insatisfação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a entrada de celulares no plenário durante o julgamento do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado. Advogados e jornalistas tiveram seus aparelhos retidos em envelopes lacrados na portaria, medida que, segundo a OAB, fere prerrogativas legais da advocacia. O presidente da entidade afirmou que pedirá a revogação da proibição, destacando que eventuais excessos devem ser tratados de forma individualizada, sem restrições amplas.
O STF justificou a medida pelo descumprimento de regras em sessões anteriores, como gravações não autorizadas durante o julgamento do núcleo 1, em março de 2025. Internautas criticaram a demora da OAB em se posicionar, comparando-a a uma reação tardia, enquanto outros questionaram a constitucionalidade da decisão do tribunal. A proibição também afetou a cobertura jornalística, já que um dos réus tinha sua imagem protegida por determinação judicial.
No mesmo julgamento, a 1ª Turma do STF aceitou por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra seis pessoas acusadas de dar suporte operacional a ações para manter o ex-presidente no poder ilegitimamente em 2022. Os réus incluem ex-assessores e agentes públicos, que agora responderão por tentativa de golpe de Estado. O caso segue sob análise, com debates sobre o equilíbrio entre segurança e transparência nos processos judiciais.