Os países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram a um acordo histórico para fortalecer as defesas globais contra futuras pandemias, após mais de três anos de negociações. O pacto, que tem força de lei, visa garantir acesso justo a medicamentos e vacinas, além de estabelecer um sistema de compartilhamento de benefícios relacionados a agentes patogênicos. A medida surge como resposta aos desafios enfrentados durante a pandemia de COVID-19, que expôs fragilidades nos sistemas de saúde em todo o mundo.
Entre as principais ações propostas estão a criação de uma rede global de cadeia de suprimentos e logística, o desenvolvimento de capacidades de pesquisa em diversas regiões e o reforço à colaboração internacional. O acordo também enfatiza a necessidade de sistemas de saúde mais resilientes, capazes de responder a crises sanitárias com maior eficiência. A OMS destacou que este é um passo crucial para tornar o mundo mais seguro diante de ameaças futuras.
Apesar da ausência dos Estados Unidos, que se retiraram das negociações após uma ordem executiva emitida em fevereiro, o acordo é visto como uma vitória para o multilateralismo. A proposta será avaliada na próxima reunião da Assembleia Mundial da Saúde, em maio, e representa um compromisso coletivo para evitar que o mundo seja pego de surpresa por novas pandemias. Especialistas destacam a importância da cooperação internacional, mesmo em um cenário de cortes de financiamento a organizações globais.