Os países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) chegaram a um acordo histórico para fortalecer as defesas globais contra futuras pandemias. Após mais de três anos de negociações, a proposta estabelece medidas para garantir acesso justo a medicamentos e vacinas, além de promover a colaboração internacional. O pacto inclui a criação de um sistema de compartilhamento de benefícios relacionados a agentes patogênicos e o desenvolvimento de capacidades de pesquisa em diversas regiões do mundo.
O acordo também prevê uma rede global de suprimentos e logística, reforçando a necessidade de sistemas de saúde mais resilientes. A iniciativa surge como resposta aos desafios enfrentados durante a pandemia de COVID-19, que expôs fragilidades na preparação global. A OMS destacou que este é um passo crucial para tornar o mundo mais seguro, mesmo diante de cortes no financiamento de alguns países.
A proposta será submetida à Assembleia Mundial da Saúde em maio, marcando um avanço no multilateralismo em saúde pública. Especialistas destacam a importância do compromisso coletivo, especialmente após a saída de um dos maiores financiadores das discussões. O acordo é visto como uma vitória para a OMS, que busca evitar que o mundo seja pego de surpresa por novas crises sanitárias.
