O CEO da Nvidia reuniu-se em Pequim com representantes chineses para discutir a continuidade da cooperação comercial, um dia após o governo dos Estados Unidos anunciar novas restrições à venda de chips de inteligência artificial para a China. O encontro, realizado a convite de uma organização local, destacou o interesse da empresa em manter seu mercado no país asiático, mesmo diante das sanções impostas por Washington. As medidas americanas proíbem o envio de GPUs específicas para datacenters chineses, alegando preocupações com o uso em supercomputadores.
A Nvidia estima que as novas regras terão um impacto financeiro direto de US$ 5,5 bilhões, refletido em uma queda de aproximadamente 7% no valor de suas ações. As GPUs afetadas, de menor potência, foram originalmente desenvolvidas para cumprir regulamentações anteriores, mas as restrições foram ampliadas pela atual administração norte-americana. A empresa busca adaptar-se às mudanças, mantendo diálogo com parceiros locais.
Além de reuniões institucionais, o executivo conversou com o fundador de uma empresa chinesa de inteligência artificial sobre o desenvolvimento de novos projetos de chips que contornem as proibições dos EUA. O movimento indica uma estratégia para mitigar os efeitos das sanções, enquanto a Nvidia tenta equilibrar suas relações comerciais em um cenário geopolítico complexo.