Representantes de universidades públicas, privadas e comunitárias defenderam, em audiência pública na Comissão de Educação do Senado, a aprovação do novo Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2024-2034. O projeto, que está em análise na Câmara, prevê 18 objetivos, 58 metas e 253 estratégias, incluindo a ampliação do investimento público em educação para 10% do PIB até 2034. Entretanto, especialistas destacaram a necessidade de garantir financiamento sustentável e políticas de Estado para que as metas sejam alcançadas, já que o orçamento das universidades federais, por exemplo, caiu de R$ 8 bilhões em 2014 para R$ 6,5 bilhões atualmente.
Os debatedores também apontaram desafios como a alta evasão estudantil, que chega a 50%, e a queda na procura por programas como ProUni e Fies. Sugeriram a revisão dessas políticas para adaptá-las às demandas atuais dos alunos, além da necessidade de metas mais factíveis e claras. A regionalização e a qualidade do ensino foram temas centrais, com propostas para fortalecer instituições estaduais e municipais, revisar planos de carreira docente e integrar tecnologia no sistema educacional.
Por fim, foi destacada a importância da regulamentação do Sistema Nacional de Educação (SNE) para alinhar as ações entre União, estados e municípios. A pactuação entre os entes federativos e a colaboração entre setores público e privado foram apontadas como essenciais para o sucesso do PNE, especialmente na interiorização do ensino superior e na formação de professores. A integração entre educação e mercado de trabalho, além do uso de inteligência artificial, também foram sugeridas como prioridades para o plano.