O próximo líder da Igreja Católica enfrentará uma série de desafios, incluindo uma crise financeira no Vaticano e debates doutrinários divisivos. O déficit orçamentário do Vaticano atingiu 83 milhões de euros em 2024, enquanto o fundo de pensão acumula passivos estimados em 631 milhões. A necessidade de um papa capaz de gerenciar finanças e atrair doações pode influenciar a escolha dos cardeais no conclave, com alguns defendendo um perfil mais administrativo do que pastoral.
Além das questões econômicas, a Igreja enfrenta declínios na frequência em países europeus, como Alemanha, onde apenas 29 novos padres foram ordenados em 2024. Enquanto isso, regiões como Ásia e África apresentam crescimento, levantando a possibilidade de um papa não europeu. Nesse cenário, nomes como o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, conhecido por seu carisma e trabalho evangelizador, ganham destaque.
As divisões doutrinárias também pressionarão o novo pontífice. O papa Francisco avançou em debates sobre a ordenação de mulheres e a inclusão LGBTQ, permitindo, por exemplo, bênçãos a casais do mesmo sexo. Essas mudanças, porém, enfrentam resistência de setores conservadores, que pedem um retorno a princípios tradicionais. O próximo papa terá de equilibrar reformas e unidade em um momento crítico para a Igreja.