Os Estados Unidos começaram a aplicar nesta quarta-feira (9) tarifas de 104% sobre produtos chineses, após a China não recuar de suas medidas retaliatórias dentro do prazo estipulado. O governo chinês havia anunciado na semana passada tarifas de 34% sobre importações dos EUA, em resposta a um aumento anterior das taxas americanas. Como Pequim manteve sua posição, a Casa Branca confirmou a imposição de taxas adicionais de 50%, elevando a alíquota total para 104%.
Além da China, as novas tarifas recíprocas dos EUA também passaram a valer para outros países com os quais o país tem grandes déficits comerciais. O plano, anunciado no início de abril, já havia causado turbulência nos mercados globais, com bolsas asiáticas e europeias oscilando entre altas e quedas. A confirmação das tarifas elevadas contra a China, no entanto, derrubou os índices em Nova York, com o S&P 500 fechando abaixo de 5.000 pontos pela primeira vez em quase um ano.
O impacto financeiro das medidas tem sido significativo, com as principais empresas de tecnologia dos EUA perdendo bilhões em valor de mercado desde o início do ano. No Brasil, o Ibovespa também registrou queda, enquanto o dólar chegou a bater R$ 6 antes de fechar ligeiramente abaixo. Analistas alertam para os riscos de uma escalada na guerra comercial, que pode afetar ainda mais a economia global.