Um estudo pioneiro mapeou a presença de partículas microscópicas de ouro nas areias da Ilha Sul da Nova Zelândia. Conduzido por um professor emérito de geologia, a pesquisa utilizou microscópios eletrônicos para capturar imagens inéditas do chamado “ouro de praia”, cujos grãos têm apenas 10 micrômetros de largura — aproximadamente um quinto da espessura de um fio de cabelo humano. Essas partículas, ignoradas durante a corrida do ouro no século 19, são tão finas que passam despercebidas a olho nu.
Apesar da descoberta, o estudo não sugere uma nova exploração em larga escala, pois a extração desse ouro é considerada um desafio técnico. De acordo com o pesquisador, métodos tradicionais, como o uso de bateias, são ineficazes, já que as partículas flutuam na tensão superficial da água e se perdem com facilidade. Algumas áreas da Costa Oeste já foram exploradas, mas a recuperação do material requer técnicas avançadas e ainda não viáveis economicamente.
Publicado no New Zealand Journal of Geology and Geophysics, o atlas representa um avanço no entendimento desses depósitos naturais, embora seu aproveitamento comercial permaneça incerto. O trabalho destaca a complexidade geológica das praias neozelandesas e abre caminho para futuras investigações científicas, sem promover expectativas de extração rentável no curto prazo.