O governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de tarifas de até 245% sobre importações de minerais críticos da China, medida que integra uma estratégia para reduzir a dependência americana de insumos essenciais para tecnologias militares e de infraestrutura. A decisão, divulgada em comunicado oficial, inclui uma investigação sobre os riscos à segurança nacional causados pela dependência externa, com foco em materiais como terras raras, gálio e germânio, usados em setores estratégicos. A Casa Branca argumenta que a China tem utilizado sua dominância na cadeia de suprimentos como ferramenta de pressão geopolítica.
A nova tarifa é composta por múltiplas camadas, incluindo uma taxa recíproca de 125%, um adicional de 20% relacionado à crise do fentanil e sobretaxas específicas baseadas na legislação comercial americana. A medida surge em resposta à suspensão chinesa de exportações de minerais essenciais, intensificando uma disputa comercial que se arrasta desde 2018. Paralelamente, uma ordem executiva determinou ao Departamento de Comércio que avalie vulnerabilidades na cadeia de suprimentos e proponha soluções para fortalecer a produção doméstica.
A ação reflete a política “America First”, que busca revitalizar a indústria nacional e proteger interesses estratégicos, mas também marca mais um capítulo na escalada de tensões entre as duas maiores economias do mundo. O relatório em andamento pode levar a novas medidas comerciais e incentivos à autossuficiência, sinalizando que o conflito econômico deve permanecer no centro das relações bilaterais no futuro próximo.