As recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos, somadas a possíveis retaliações de outros países, podem levar a uma queda de 3% no comércio mundial e reduzir o PIB global em 0,7%, segundo análise do International Trade Centre (ITC). A diretora-executiva da agência vinculada à ONU destacou que as medidas também devem redefinir as cadeias de suprimentos internacionais, com realinhamentos geopolíticos e econômicos. A China, que já enfrenta tarifas de até 145%, respondeu elevando suas próprias taxas sobre produtos americanos para 125%.
Países como México, Tailândia e nações do sul da África estão entre os mais afetados, com exportações sendo redirecionadas para outros mercados. Economias emergentes, como Lesoto e Camboja, são particularmente vulneráveis devido à falta de diversificação industrial. A instabilidade tem levado a decisões em tempo real, como no caso do Vietnã, que está desviando vendas dos EUA e China para a União Europeia e Coreia do Sul.
A especialista enfatizou que, embora o comércio entre EUA e China represente apenas 3% a 4% do total global, a incerteza prolongada pode prejudicar a estabilidade do sistema econômico mundial. Ela concluiu que este é o momento crucial para diversificação e integração regional, a fim de mitigar os impactos das mudanças em curso.