O anúncio de novas tarifas comerciais pelo governo dos Estados Unidos pode acelerar as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, segundo avaliação do presidente da ApexBrasil. Embora o Brasil tenha recebido taxas menores (10%) em comparação com outros continentes, a medida é vista como prejudicial ao comércio global. Líderes europeus já sinalizaram interesse em avançar no acordo com o Mercosul, possivelmente em resposta às políticas protecionistas americanas.
Apesar de algumas análises indicarem que o Brasil pode atrair mais investimentos devido à incerteza gerada pelas tarifas, o presidente da ApexBrasil destacou que um cenário de conflito comercial é negativo para todos. Ele reforçou a posição multilateralista do governo brasileiro, que prioriza acordos em vez de vantagens isoladas. Além disso, especialistas alertam que as medidas americanas podem fortalecer a China no cenário econômico global.
A nova política tarifária dos EUA, que impõe taxas mais altas à Ásia (30%) e à Europa (20%), reflete uma visão de que os países orientais representam a maior ameaça econômica. No entanto, o impacto dessas medidas ainda é incerto, e o Brasil, assim como outros países, deve enfrentar desafios antes de eventualmente colher oportunidades. O cenário atual pode marcar o início de uma nova era nas relações comerciais internacionais, com consequências ainda imprevisíveis.
