Os Estados Unidos implementaram uma tarifa universal de 10% sobre quase todos os produtos importados, medida que entrou em vigor no último sábado (5). A decisão, assinada pelo presidente Donald Trump, gerou protestos de parceiros comerciais, empresas e consumidores, além de retaliações imediatas, como as da China, que podem escalar para uma guerra comercial em larga escala. Economistas alertam que as tarifas, as mais altas em um século, podem levar os EUA e o mundo a uma recessão, com mercados já reagindo negativamente.
O plano tarifário busca revitalizar a indústria americana, equilibrar a balança comercial e gerar receita para reduzir a dívida nacional. No entanto, especialistas apontam contradições: as tarifas não podem cumprir todos os objetivos simultaneamente, como pressionar outros países e ao mesmo tempo sustentar a produção doméstica. Além disso, os custos recaem sobre importadores e consumidores, com estimativas indicando que famílias americanas pagarão até US$ 2.100 a mais por ano, enquanto a inflação pode subir 2%.
Se mantidas, as tarifas podem desacelerar a economia e levar a uma recessão em 2025, segundo analistas. O Federal Reserve já sinalizou preocupação com o impacto nos preços e no crescimento, enquanto entidades preveem que a renda líquida dos americanos cairá 2,1% em 2024. A medida, embora prometa revitalizar empregos industriais, pode acabar prejudicando mais a economia dos EUA do que seus alvos, aprofundando incertezas globais.