O presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva que elimina uma brecha fiscal que beneficiava empresas chinesas como Shein e Temu, impondo agora taxas de até 90% sobre importações de produtos com valor inferior a US$ 800. A medida, que entra em vigor em 2 de maio, foi anunciada após revisões do plano original, que previa inicialmente uma alíquota de 30%, aumentando para 50% em junho. Defensores do varejo americano comemoram a decisão, argumentando que a isenção anterior prejudicava negócios locais, enquanto críticos alertam para o impacto nos preços e no tempo de entrega para consumidores.
A mudança ocorre em meio a um aumento geral de tarifas sobre produtos chineses, com os EUA elevando as taxas para 104% a partir desta quarta-feira (9). A China já havia anunciado retaliações, impondo tarifas de 34% sobre produtos americanos, e se recusou a recuar, mesmo diante de ameaças de taxas adicionais. O conflito comercial entre os dois países intensifica-se, com ambos os lados afirmando que não há vencedores em uma guerra tarifária.
Além da China, os EUA também direcionaram tarifas individualizadas a outros países com os quais mantêm déficits comerciais, ampliando o alcance de suas medidas protecionistas. A Ásia foi a região mais afetada, com taxas significativas sobre importações. O movimento reflete uma estratégia mais ampla de revisão das relações comerciais internacionais, com impactos potenciais na economia global e no consumo nos Estados Unidos.