As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a quase 60 países, incluindo uma sobretaxa de 104% sobre produtos chineses, entraram em vigor nesta quarta-feira (9), provocando quedas expressivas nas Bolsas de Valores ao redor do mundo. A medida afeta também os 27 membros da União Europeia, com taxa de 20%, e levou a China a afirmar que adotará medidas para proteger seus interesses, embora não descarte negociações. Os mercados reagiram com pânico: na Ásia, os índices de Taipé e Seul despencaram, enquanto na Europa, as principais bolsas registraram quedas superiores a 2%.
O temor de uma guerra comercial ampliada levou líderes globais a buscarem diálogo. A Associação de Nações do Sudeste Asiático pediu coragem para enfrentar os riscos, enquanto a União Europeia estuda retaliar com tarifas sobre produtos americanos, excluindo itens como o bourbon para evitar escaladas. O secretário-geral da ONU expressou preocupação com os países em desenvolvimento, que podem sofrer impactos mais devastadores.
Enquanto isso, autoridades americanas afirmam estar abertas a negociações personalizadas com os países afetados. Analistas alertam para os riscos de inflação, desemprego e desaceleração econômica global, caso o conflito comercial se intensifique. O cenário de incerteza já refletiu no preço do petróleo, que atingiu patamares mínimos em quatro anos.