No início de abril, o governo dos Estados Unidos anunciou novas tarifas alfandegárias como parte da política “Make America Great Again”, afetando mais de 180 países. As taxas variaram significativamente, com o Vietnã enfrentando as mais altas (46%), enquanto China (34%) e países do Mercosul, incluindo o Brasil, receberam cobranças menores (10%). As medidas visam atrair investimentos e empregos para os EUA, mas já provocaram retaliações, como as tarifas chinesas sobre produtos americanos, e instabilidade nos mercados globais, com quedas nas bolsas e migração de investidores para ativos mais seguros.
Segundo especialistas, as ações focam o mercado doméstico americano, mas geram incertezas internas e externas. Oposicionistas nos EUA começam a se organizar contra as medidas unilaterais, enquanto o processo de realocação de investimentos e capacitação da mão de obra pode levar anos. Enquanto isso, riscos como aumento de preços e inflação pressionam a economia americana, sem garantias de resultados imediatos.
A análise aponta ainda que as tarifas representam uma ruptura no sistema de comércio global baseado em benefícios mútuos, podendo ter efeitos duradouros nas relações internacionais. A desconfiança criada pelas medidas unilaterais pode reconfigurar as dinâmicas comerciais, embora o cenário final ainda seja incerto diante da atual instabilidade.