A arbitragem tem dominado os debates no Campeonato Brasileiro de 2025, com erros e decisões polêmicas ofuscando as mudanças regulamentares implementadas para agilizar o jogo. Entre as novidades, destaca-se o sistema multiball, que posiciona 14 bolas estrategicamente ao redor do campo para reduzir interrupções, e a contagem de oito segundos para goleiros reporem a bola, sob risco de conceder escanteio. Apesar da expectativa da CBF, os dados mostram que o tempo efetivo de jogo nas primeiras rodadas foi menor que em 2024, com apenas dois jogos atingindo o ideal de 60 minutos recomendado pela FIFA.
O sistema multiball, inspirado no Campeonato Inglês e testado no Paulistão, visa também evitar conflitos entre jogadores e gandulas. No entanto, sua eficácia ainda não foi comprovada, com o tempo médio de bola rolando caindo de 54min50 em 2024 para 54min35 em 2025. No Paulistão, a adoção da medida trouxe melhora inicial, mas a média recuou ao longo da competição, com times como Corinthians e Palmeiras registrando pouco mais de 50 minutos de jogo efetivo.
Casos emblemáticos, como o escanteio concedido ao Paysandu após o goleiro do Athletico-PR segurar a bola por 13 segundos, ilustram a aplicação das novas regras. Porém, confusões e táticas de cera continuam impactando o espetáculo, como na final do Paulistão, onde a partida de volta teve apenas 48 minutos de bola rolando em mais de duas horas de jogo. Embora as mudanças tenham potencial, os resultados concretos ainda são modestos, deixando em aberto se o dinamismo esperado será alcançado ao longo da temporada.
