O governo federal anunciou a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, com o objetivo de contratar 3 milhões de novas unidades habitacionais até 2026. A iniciativa permite o financiamento de imóveis novos ou usados de até R$ 500 mil, em até 420 parcelas, com taxa de juros de 10,5% ao ano. O ministro das Cidades destacou que a medida busca suprir a lacuna deixada pela poupança, que tradicionalmente financiava esse público, mas perdeu espaço para outros investimentos.
Para viabilizar os financiamentos, o governo utilizará recursos do Fundo Social, originários do pré-sal, além de Letras de Crédito Imobiliário (LCI), totalizando R$ 30 bilhões. A meta é beneficiar 120 mil famílias nesta faixa de renda em 2024. O ministro ressaltou que a maioria dos financiamentos atuais do programa ainda é direcionada à Faixa 1 (renda de até R$ 2,8 mil), que recebeu aumentos de subsídios e reduções nas taxas de juros.
O programa está dividido em quatro faixas de renda, atendendo desde famílias de baixa renda até a classe média. A Faixa 4 (R$ 8 mil a R$ 12 mil) representa uma novidade, buscando equilibrar o acesso ao crédito imobiliário em um cenário de mudanças no mercado financeiro. A iniciativa reforça a estratégia do governo de promover justiça social e ampliar oportunidades para diferentes segmentos da população.