Um míssil balístico de curto alcance KN-23, fabricado pela Coreia do Norte, foi utilizado em um ataque aéreo contra Kiev nesta quinta-feira (24), resultando em nove mortos e dezenas de feridos. O artefato, testado pela primeira vez em 2019, possui semelhanças com o modelo russo Iskander e é conhecido por sua capacidade de manobrar durante o voo, dificultando a interceptação. Segundo fontes ucranianas, a Rússia recebeu cerca de 148 mísseis norte-coreanos no início do ano, incluindo os modelos KN-23 e KN-24, que foram empregados em ataques anteriores.
O KN-23 é movido a combustível sólido, pode carregar ogivas de até uma tonelada e atingir alvos a até 690 km de distância. Sua trajetória variável e baixa altitude o tornam uma ameaça complexa para sistemas de defesa. Analistas destacam que o uso desses mísseis em conflitos reais pode fornecer dados valiosos para o regime norte-coreano, elevando preocupações em países vizinhos e na Europa.
A aproximação entre Rússia e Coreia do Norte, reforçada por um acordo de defesa mútua em 2023, tem sido vista com cautela pela comunidade internacional. O emprego de mísseis norte-coreanos na Ucrânia, incluindo em um ataque anterior em agosto de 2024, sugere uma cooperação militar crescente entre os dois países. Especialistas alertam para os riscos de escalada e para o possível impacto no equilíbrio geopolítico da região.