Mario Vargas Llosa, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, faleceu no domingo, 13, em Lima, aos 89 anos. A informação foi confirmada por seu filho, Álvaro, em um comunicado nas redes sociais, que destacou que o escritor estava cercado pela família e em paz. Segundo a família, não haverá velório público, e o corpo será cremado. Nascido em Arequipa, no Peru, em 1936, Vargas Llosa foi uma das figuras centrais do boom da literatura latino-americana, ao lado de nomes como Gabriel García Márquez e Julio Cortázar.
Autor de obras aclamadas como “A Cidade e os Cachorros” e “A Guerra do Fim do Mundo”, ele explorou temas como poder, opressão e história política, muitas vezes com base em eventos reais. Seu último romance, “Le Dedico Mi Silencio”, foi lançado em 2023, e ele planejava finalizar um ensaio sobre Sartre. Além da literatura, Vargas Llosa teve uma trajetória no jornalismo, sendo colunista do Estadão por quase três décadas, onde defendeu a verdade como princípio fundamental da profissão.
Além do Nobel, recebeu honrarias como a entrada na Academia Francesa em 2021, tornando-se o primeiro membro a não escrever em francês. Sua atuação na política também marcou sua vida, incluindo uma candidatura à presidência do Peru em 1990. Defensor do liberalismo, ele acreditava na democracia e na liberdade como pilares sociais. Sua obra, traduzida em diversos idiomas, consolida seu legado como um dos maiores escritores da América Latina.