As novas tarifas implementadas pelo governo dos EUA estão revogando um acordo comercial que beneficiava fabricantes aeroespaciais como Boeing e Airbus desde os anos 1980, segundo um grupo do setor. O acordo, estabelecido sob a Organização Mundial do Comércio, permitia a produção de aeronaves e motores a jato com isenção de tarifas para empresas dos EUA, China, União Europeia e outros países. Com as mudanças, as empresas e seus fornecedores perderão esses benefícios, impactando toda a cadeia produtiva.
A Boeing, que depende de fornecedores franceses e japoneses, viu suas ações caírem 8% em um único dia, arrastando o setor para baixo. Já a Airbus, que possui uma fábrica no Alabama, enfrentará tarifas sobre componentes importados para sua produção nos EUA, além de taxações sobre aeronaves fabricadas na França e na Alemanha. As medidas devem aumentar custos operacionais e afetar a competitividade das empresas no mercado global.
O fim das isenções tarifárias marca uma ruptura em um acordo que durou décadas e pode levar a reações em cadeia no comércio internacional. Analistas alertam para possíveis tensões comerciais e ajustes estratégicos por parte das empresas envolvidas, enquanto o setor busca se adaptar às novas regras.