As tarifas globais de 10% impostas pelo presidente dos Estados Unidos sobre produtos importados de diversos países entraram em vigor neste sábado, 5 de abril. A medida afeta o Brasil, que passará a enfrentar uma tarifa adicional de 10% sobre as alíquotas já vigentes. Outras nações, como China e União Europeia, também foram impactadas, com sobretaxas específicas previstas para começar na próxima quarta-feira, 9 de abril. A Casa Branca confirmou que alguns produtos, como aço e alumínio, já tarifados anteriormente, não sofrerão novos aumentos.
A medida atinge mais de 180 países e reacendeu tensões comerciais. O governo chinês anunciou retaliações, incluindo tarifas de 34% sobre produtos americanos, restrições à exportação de itens ligados a terras raras e a inclusão de empresas dos EUA em uma lista de entidades não confiáveis. Além disso, a China formalizou uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas norte-americanas. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos defendeu a política, afirmando que o país está recuperando empregos e atraindo investimentos.
O cenário reflete um aprofundamento das disputas comerciais globais, com efeitos ainda incertos para a economia mundial. A medida dos EUA busca reequilibrar as relações comerciais, mas as retaliações de parceiros comerciais importantes podem ampliar as tensões. O desfecho dessas ações dependerá de negociações e possíveis ajustes nas políticas adotadas por ambos os lados.