O Conselho Curador do FGTS aprovou a criação da faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, chamada de MCMV Classe Média, destinada a famílias com renda de até R$ 12 mil e imóveis de até R$ 500 mil. A nova modalidade terá juros de 10% ao ano e contará com R$ 30 bilhões em recursos, divididos entre o FGTS e instituições financeiras. O foco será em imóveis novos, com limites de financiamento de até 80% para empreendimentos inéditos e regras mais restritivas para usados, visando impulsionar o setor da construção civil.
Analistas projetam que o programa pode aumentar a Formação Bruta de Capital Fixo em 0,4 p.p. em 2025 e 0,6 p.p. em 2026, além de contribuir para um crescimento adicional do PIB de 0,10 p.p. este ano e 0,15 p.p. no próximo. Empresas do setor imobiliário, como Cury, Direcional e Tenda, são apontadas como as mais beneficiadas, especialmente devido ao foco em imóveis novos e ajustes nas regras para unidades usadas.
O Bradesco BBI destaca que a demanda deve ser forte, dada a redução das taxas de financiamento e a mudança no plano de pagamento para SAC, que facilita a elegibilidade das famílias. Embora o programa também inclua imóveis usados, as condições são menos favoráveis, incentivando a preferência por unidades novas. Ainda há expectativa sobre a criação de um conselho curador exclusivo para a faixa 4 e a possibilidade de renovação dos recursos nos próximos anos.