O governo brasileiro finalmente regulamentou as metas do Mover, programa federal que oferece incentivos fiscais de R$ 19,3 bilhões até 2028 para a indústria automotiva. O decreto, assinado pelo presidente Lula, estabelece reduções obrigatórias no consumo de energia e nas emissões de carbono, além de exigir maior reciclabilidade e segurança nos veículos produzidos no país. As montadoras terão que comprovar uma queda média de 12% no consumo energético até 2027, com base nos níveis de 2022, e cortar 50% das emissões de carbono até 2030, considerando todo o ciclo de vida do veículo, da produção ao uso.
Além das metas ambientais, o programa prevê que os carros de passeio devem ter 80% de peças reutilizáveis ou recicláveis a partir de 2027, percentual que sobe para 85% em 2030. As empresas também poderão compensar parte de seus compromissos ambientais adquirindo sucatas de veículos de leilões, fortalecendo a economia circular. Em relação à segurança, as montadoras terão que implementar tecnologias como frenagem automática de emergência e monitoramento de fadiga do motorista, cumprindo 100% dos requisitos até 2027.
O cumprimento das regras será monitorado por relatórios auditados, com multas ou exclusão do programa em caso de descumprimento. O Mover já atraiu R$ 130 bilhões em investimentos anunciados pelas montadoras, incluindo a produção de carros híbridos no Brasil. A regulamentação foi celebrada durante cerimônia na fábrica da Nissan em Resende, marcando um passo importante na transição tecnológica do setor automotivo no país.