O principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, viajou a Washington para discutir as tarifas impostas pelo governo dos EUA, marcando a primeira rodada de negociações desde o anúncio de medidas protecionistas pelo presidente Donald Trump em abril. O Japão foi o primeiro país convocado para as tratativas, visto por diplomatas como um teste da estratégia comercial americana. Akazawa se reunirá com autoridades como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer, para abordar questões como as tarifas de 25% sobre automóveis japoneses e as sobretaxas sobre aço e alumínio.
O premiê japonês, Shigeru Ishiba, classificou a situação como uma crise nacional, mas afirmou que o governo não pretende retaliar para evitar danos econômicos maiores. Enquanto isso, líderes empresariais destacam que as negociações revelarão a abordagem dos EUA em disputas comerciais. Entre as exigências americanas estão maior importação japonesa de gás natural liquefeito, acesso ampliado a produtos agrícolas como arroz e trigo, e revisão dos padrões de segurança automotiva que dificultam a venda de veículos americanos no Japão.
O desfecho das conversas é acompanhado de perto por outros países afetados pelas tarifas de Trump, especialmente a China, que já retaliou com medidas similares e acusa os EUA de chantagem. A situação coloca o Japão como um caso emblemático para entender os rumos da política comercial americana e seus impactos globais, em um momento de crescente tensão no comércio internacional.