O presidente da Câmara, Hugo Motta, está em discussões com representantes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF) para buscar um consenso sobre a anistia dos participantes dos eventos de 8 de janeiro. O governo federal demonstra abertura para reduzir penas em casos menos graves, mas rejeita uma anistia ampla que beneficie todos os envolvidos. A ministra das Relações Institucionais destacou a importância de debater o tema no Congresso, sem interferir na autonomia do STF, e expressou preocupação com a inclusão de figuras consideradas líderes dos atos.
A ministra reforçou que a discussão sobre anistia ou mediação de pena é legítima, desde que não beneficie aqueles vistos como responsáveis por tentativas contra a democracia. Em redes sociais, ela ajustou sua posição, enfatizando que o Congresso deve conduzir o debate, mas respeitando as decisões do STF. Enquanto isso, ministros da Corte afirmam que qualquer solução deve passar por análise judicial, considerando direitos dos réus e alternativas à prisão.
A reunião entre Motta e o ex-presidente, não divulgada previamente, ocorreu na residência oficial da Câmara, mas o presidente da Casa ainda não manifestou apoio claro à proposta. A falta de posicionamento explícito levou membros do Centrão a evitarem se pronunciar sobre o tema. O debate continua em aberto, com divergências sobre o alcance da anistia e seus impactos jurídicos e políticos.