O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi, reafirmou nesta quarta-feira (16.abr.2025) que o princípio de enriquecer urânio é “inegociável” para o país. A declaração foi uma resposta às exigências dos Estados Unidos, que pedem a interrupção do programa nuclear iraniano como condição para um acordo. As negociações, iniciadas no sábado (12.abr) em Omã, enfrentam impasses, com o governo norte-americano ameaçando ações militares caso não haja consenso.
A segunda rodada de discussões está marcada para sábado (19.abr) em Roma, após mudança de local. A Itália, que sediará as conversas, destacou que não participará diretamente das tratativas, limitando-se a facilitar o diálogo. Enquanto isso, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) foi convidada a acompanhar o processo, diante das preocupações internacionais sobre o nível de enriquecimento de urânio no Irã, que alguns países consideram excessivo para fins civis.
As autoridades iranianas negam as acusações de que seu programa nuclear tenha objetivos militares, insistindo em seu direito ao desenvolvimento energético. O clima de tensão persiste, com ambos os lados buscando construir confiança, mas sem ceder em suas posições centrais. O desfecho das negociações em Roma poderá definir os rumos do acordo e evitar uma escalada de conflitos na região.